Tudo o que presenciamos até este momento leva-nos a crer que na verdade a pandemia do Covid-19 pegou a toda população mundial de "calças curtas". Desde os políticos das mais altas esferas internacionais, os cientistas e médicos das instituições mais respeitadas espalhadas pelo mundo, os gestores de saúde de todos os países e principalmente as populações e comunidades.
Todos, meio que perdidos, e na necessidade de busca de formas de enfrentamento tem tomado as mais diferentes posições e ações de combate, e por vezes, após novas evidencias, voltam atrás em direção oposta a que inicialmente haviam tomado.
A população com o temor elevado e angustiada, presenciando um desacerto daqueles que comandam, se arvora a entender todo o mecanismo da doença do seu jeito e alguns passam a divulgar outras formas de afrontamento, disseminando ações e tratamentos sem uma real base de sustentação.
Nós, gestores municipais, como todos, procuramos a melhor forma, e por vezes também iremos errar. Temos a obrigação de executar as orientações originadas das instancias superiores e procurar adaptá-las às situações e circunstancias de nossa comunidade, mantendo a vigilância contínua no controle dos casos, quanto ao número, local e população mais atingida.
Os nossos números atuais indicam ainda uma tendencia de declínio da curva de incidência de casos novos, ainda analisada por semana epidemiológica. Poderíamos quase chegar a concluir que nosso pico maior já foi atingido na semana 26 quando tivemos 31 casos novos, como já divulgado em nota anterior, mas tudo pode mudar e nos surpreender em contrário nesta conclusão.
Nosso entorno regional mostra um quadro diverso e muitos de nossa população ainda dependem de relações e ligações com residentes de municípios vizinhos, o que pode acarretar novo fluxo viral caso haja um relaxamento nas medidas de prevenção e contenção solicitadas a todos.
Muito esforço há que se aplicar para chegarmos a um nível de controle ao menos razoável desta pandemia, mas isso só será possível com uma real colaboração de todos, mandatários e população, sem que ninguém tenha interesse em tirar vantagem própria, com a nossa preocupação toda voltada em aliviar o sofrimento de todos, princípio fundamental da boa prática de saúde.